Editorial

Dedinho de prosa: tem Natal demais e Jesus de menos!

Avizinha-se mais um Natal e, com ele, a repetição de gestos e de providências. Esta época é esperada por muitos, especialmente, pelos comerciantes.

É nesta época que o cenário muda e provoca a mudança das pessoas, também. Parece que um ambiente de magia, toma conta de muitos. Não se sabe se de verdade ou não, o certo é que as pessoas ficam mais sensíveis.

Ceias e almoços são agendados. Planos são verbalizados. Também, não se sabe se são verdadeiros, se abraça mais, se beija mais. O ambiente festivo invade as casas. O comércio e até as empresas.

As casas passam por reparos, são pintadas. Compras são feitas. O comércio se veste de roupas de gala. Cada comerciante procura enfeitar suas vitrines da maneira, a mais atraente possível. Há até, em alguns lugares, concursos para ver quem se saiu melhor.

E os pratos típicos saem das anotações. Cadernos de receitas são consultados. São perus, chesters, galetos, leitões. Nunca se vê, em outra época do ano, tanta comilança. Se perde até a noção. As mesas são regadas de bebidas das mais inofensivas até as mais tiradoras da consciência.

Quantas guloseimas: doces, pudins, chocolates, pavês, brigadeiros, quindim, ufa! Só em lembrar, de tudo isso, dá água na boca.

Enfim, tem de tudo. É Natal de mais! É impressionante! Os homens até se tornam solidários. Há trocas de presentes. Se leva refeições às comunidades. Campanhas de arrecadação de presentes são promovidas. Crianças abandonadas são lembradas. Que ambiente bom! Não fosse para muitos, momentos de promoção pessoal. Horas dos holofotes!

Muito do que ocorre, não merece reparos. É bom demais. Antes fazer alguma coisa, mesmo que seja em apenas um dia do ano do que nada. Nesta época tem de tudo. Tem Natal demais! Eis a grande pergunta: tem de tudo mesmo?

Não é difícil responder a esta intrigante pergunta. Olhando para tantas coisas, gestos, ornamentações, presentes, comidas, bebidas, guloseimas, árvores de Natal, Papai Noel, reuniões familiares, recepções nas empresas. São tantas questões envolvidas neste período do ano, respira-se o Natal. Daí a afirmação tem Natal demais, ninguém questiona. Parece que tem de tudo mesmo.

Porém, isso não é verdade! Tem Natal de mais, sim. Porém, e o protagonista da festa, a razão da data, Jesus, o menino nascido em Belém? Sumiram com ele. Ele foi escondido. Deixaram-no de lado, aquele que deveria ser o celebrado.

Jesus, o aniversariante, esse tem de menos. Trouxeram tantas coisas para o Natal, que se tornaram entulhos a ponto de sufocarem a pessoa bendita de Jesus, aquele que foi prometido e que nasceu entre nós. O grande personagem noticiado pelos coros angelicais, foi deixada de lado.

Diz a Bíblia:

“veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.”

(João 1. 11 e 12.)

A bombástica notícia foi anunciada centenas de anos antes do seu nascimento, fora profetizado, está registrado na Palavra infalível de Deus:

“E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.”

(Miqueias 5. 2)

A grande notícia não tem sido dada. Está fora da mídia. Os noticiários ignoram a pessoa que dividiu a história da humanidade. Ninguém nega, tem Natal demais e Jesus de menos.

Ah, se houvesse Jesus no Natal! Aí sim, as celebrações se revestiriam de maior significado. Haveria muito maior razão de se festejar a data. Entenderíamos, melhor, por que o ambiente se torna diferente nesta época. Ainda mais, essa data seria sublime. Se revestiria de significado.

O verdadeiro amor invadiria os corações de todos.

E chega de prosear.


Por: Pr. Valdo Romão. Integrante da equipe pastoral da Igreja Batista do Cambuci, São Paulo, Capital.
Imagem & Música: Internet

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Ray Casales

Artesã, Pedagoga em Formação

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