A produção de uma diversidade de produtos a base de mandioca vem mudando o cenário de uma comunidade rural do município de Olindina, no território de identidade Litoral Norte e Agreste Baiano. Tudo começou quando a Associação do Desenvolvimento Comunitário do Povoado de Dona Maria, aproveitou a oportunidade concedida pelo Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), e garantiu implantação de uma agroindústria familiar para o beneficiamento de derivados da mandioca. O resultado foi um aumento de cerca de 50% na renda das famílias associadas.
A unidade de beneficiamento da mandioca, toda equipada, tem capacidade de processar a produção de mandioca e transformá-la em diversos produtos. Na unidade, atualmente, são produzidos por dia, em média, 30 unidades de bolos, 50 de salgados e 10 de panetones, além de pães, sequilhos, pizzas e tortas e tem potencial para produzir também outros produtos, a exemplo de aipim a vácuo e biscoitos.
A execução desta política pública de agroindustrialização está transformando a realidade dessa Associação e de milhares de agricultores e agricultoras familiares por toda a Bahia. As famílias da Associação Dona Maria também receberam um trator, com todos os implementos agrícolas, para otimizar a produção desde o plantio e manejo, até a colheita da mandioca. A ação inclui, ainda, assistência técnica para qualificar e aumentar a produção e produtividade.
O Grupo Produtivo Maria’s, da Associação Dona Maria, produz e comercializa, diariamente, das 6h às 19h, no quiosque que foi construído por elas, como contrapartida do projeto, às margens da BR 110, bolos, coxinhas, sucos, pães, pizzas, salgados, caldos, café e, agora que o fim do ano se aproxima, também o panetone. O grupo ainda trabalha a partir de encomendas feitas para eventos, no município de Olindina.
Marileuza Pereira dos Santos, presidente da Associação, celebra todas as mudanças proporcionadas às famílias da Associação e a toda a comunidade de Dona Maria. “Desde o plantio, tudo é mecanizado. Tarefas que a gente fazia manualmente em 10 dias, agora, a gente faz em menos de duas horas, com isso, temos mais tempo para nos voltar a outras atividades, inclusive, dentro da agroindústria. É uma renda a mais e é mais tempo também para estar com a nossa família, porque é mesmo muito rápido o plantio”, ressalta Marileuza.
Sucessão Rural
As ações na Associação tiveram impacto positivo também na vida de jovens como a de Caroline da Silva Alves, que trabalha no quiosque em frente à agroindústria, onde realiza o atendimento aos consumidores das diversas iguarias produzidas pelo grupo de mulheres.
“É uma oportunidade, porque, depois que o Governo do Estado nos beneficiou com a agroindústria, gerou trabalho para nós, jovens, que antes precisávamos sair daqui para trabalhar, em busca de melhores oportunidades, porque não tínhamos outras possibilidades, só a roça mesmo. Para nós, foi muito bom esse projeto”, afirmou.
Fonte: Ascom/CAR