O cientista canadense Geoffrey Hinton, conhecido como o “Padrinho da Inteligência Artificial”, alertou para a rápida substituição de empregos de colarinho branco por sistemas de IA.
Em entrevista ao podcast Diary of a CEO, o ganhador do Prêmio Nobel de Física de 2024 afirmou que a automação de tarefas intelectuais será inevitável e poderá reduzir drasticamente o número de postos de trabalho.
“Você teria que ser muito qualificado para ter um emprego que a IA simplesmente não poderia fazer”, declarou Hinton, ex-funcionário do Google e professor emérito da Universidade de Toronto.
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Segundo o pesquisador, funções como as de paralegais e atendentes de call centers estão entre as mais ameaçadas.
“Isso significa que uma pessoa fará o trabalho de dez pessoas”, afirmou. Hinton se disse particularmente preocupado com os jovens que estão ingressando no mercado e revelou que ficaria “assustado” de trabalhar em um call center nos dias de hoje.
Profissões físicas seguem menos afetadas — por enquanto
Apesar do tom de alerta, Hinton ponderou que empregos que exigem habilidades físicas e interação humana direta, como profissionais de saúde, devem ter maior resiliência frente à automação, ao menos no curto prazo.
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A visão do cientista ecoa outras análises do setor. Um relatório recente do Fórum Econômico Mundial estima que até 2030 cerca de 92 milhões de empregos sejam extintos devido à automação, mas que outros 170 milhões possam ser criados — especialmente nas áreas ligadas à tecnologia, cuidados com o meio ambiente e saúde.