Editorial

Portão pede paz, a vida pede paz!

Mais uma chacina, 5 vidas ceifadas, dentre elas, 1 adolescente de 15 anos e 1 criança de 11.

Segundo comentários, um indivíduo foi expulso da comunidade, por atos criminosos e voltou para se vingar. Mas, se vingar de quem?

Quem foi o seu algoz? Com que direito ele chega numa comunidade e, sem a mínima chance de defesa e reação, atira contra pessoas, indiscriminadamente? As crianças, também têm culpa?

Mais um acontecimento social, fundamentado na total falta de políticas públicas que combatam a criminalidade, não apenas no município de Lauro de Freitas, visto que este não é um caso isolado, não é só aqui que acontece.

Tirar a vida de pessoas, tornou-se lugar comum; é como acordar com vontade de comer algo diferente. Acorda-se com o instinto ruim e com o intuito de divertir-se (não acredito em outro sentimento), ante o sofrimento alheio e parte, arma em punho, rumo para onde haja aglomeração de pessoas. Vítimas fáceis, pois não estão preparadas para tal investida.

E nos faz refletir sobre a ficção, sobre os filmes que retratam o fim do mundo, o futuro, as guerras por comida, água, ar…

Falta muito para estarmos vivendo tudo isso, será? Qual será o próximo passo do “Ser Humano”, ante os seus semelhantes, já que a vida nada mais vale?

As políticas publicas podem e devem buscar meios de repelir atos violentos. Mas, adiantam as leis, se o Homem não está aqui para seguí-las? Precisaria de Leis, se nós pensássemos no outro, com os mesmos sentimentos que gostaríamos que tivessem por nós? Ou o ódio, a ira, já está em patamar, tão grande, que já não importa mais o bem comum?

Cinco famílias choram a perda de seus entes queridos, mães choram as perdas dos seus filhos, enquanto a humanidade, perversa, comemora as vidas que se foram, como troféus, de uma batalha sem fim.


Por: Ney Barbosa, graduando em Jornalismo pela Estácio EAD
Lauro de Freitas, 19/05/2019, um domingo trise, manchado por sangue de inocentes.
Imagem: Internet

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