Ministério Público de Goiás denunciou o médium pela segunda vez e apresentou um novo pedido de prisão com base em treze depoimentos
Essa nova denúncia é baseada em cinco casos ocorridos entre 2008 e 2018 – quatro por estupro de vulnerável e um por violação sexual mediante fraude. Três delas são de São Paulo e as outras duas de Goiás.
Também foram anexadas ao processo outras oito denúncias que corroboram o depoimento dessas mulheres, mas não rendem ação penal porque já prescreveram. De acordo com o MP-GO, uma dessas vítimas cujo crime prescreveu foi abusada quando tinha 8 anos de idade.
Noutro caso contido na denúncia, a vítima teria sido alvo de abusos recorrentes por um ano, cerca de 20 vezes. Ela relatou os crimes em um diário.
O médium já é réu por violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável. No caso específico de João de Deus, os crimes são enquadrados assim pelo MP “pela evidente situação de vulnerabilidade das vítimas, além do estado emocional que impedia que elas oferecessem resistência”.
“Além desse envolvimento que as impedia de ter uma reação, havia ameaças concretas de um mal que aconteceria a ela e a familiares. Qualquer ameaça era encarada com muita seriedade por essas vítimas”, afirmou a procuradora Gabriella de Queiroz Clementino em coletiva. Ainda segundo o MP, as vítimas sustentam que funcionários da casa Inácio de Loyola sabiam dos crimes.
Ele foi ouvido na segunda 14, dentro Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, onde está preso preventivamente há 30 dias. Os procuradores colheram informações para apresentar esta segunda denúncia. João de Deus negou todas as acusações.
O MP-GO deve apresentar outras denúncias em breve. A força-tarefa responsável pelo caso colheu 80 depoimentos formais, e recebeu outras 300 mensagens que caracterizam potenciais vítimas do médium.
Há ainda uma denúncia por porte ilegal de armas, ainda não apresentada pelo MP.
Fonte: CartaCapital
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