Editorial

Onde estão nossos estudantes?

“Estudantes rejeitam diálogo com chefe do governo”

Pausa para reflexão…

Lembrando do tempo em que, no Brasil, os “grêmios estudantis” tinham poder de parar o país, reivindicando mudanças.

Tempos em que “os caras pintadas” iam às ruas, em protestos pacíficos, mas muitas vezes reprimidos pela força militar, a mando dos governantes da época. Não havia medo, não tinha terror, eles estavam na rua e havia respeito, eram “estudantes”, o futuro do país.

Onde será que foi parar esta turma, que trazia tanta ideologia e transformava opiniões? Quem será que fez com que ela perdesse sua força, a ponto de ver o caos nacional, sem que se ouça a sua voz?

E vemos, em outros mundos (sim, não vejo o nosso país no mesmo plano), estudantes impondo suas ideias e ideais, lutando pelo bem da sociedade onde vivem, transformando as suas realidades, através das lutas e protestos, enquanto aqui, as “politicas” nos são empurradas, goela abaixo e os nossos “estudantes”, na sua maioria, em sala de aula, por um período e, no restante do tempo, nas praças e botecos, discutindo a próxima festa, próxima pegação, enquanto o seu futuro vai sendo decidido, pelos governantes eleitos, sem nenhuma discussão ou intervenção por parte destes.

E prenderam Juca Chaves, quando ele, em plena revolução, fez um show, colocou um caranguejo no palco e cantou:

“Este é um país que vai pra frente…”

[pro_ad_display_adzone id="1630"]

NeyBarbosa

Jornalista RPJ/DRT n.° 0006098/BA
(71) 98423-7270
-----------------------------
https://orcid.org/0000-0002-6389-2953
http://lattes.cnpq.br/8038182463254486
https://chat.whatsapp.com/COsCMosyva1JABdeM0veKc
https://t.me/mundojornalismo
-----------------------------
"Não deixe as coisas que você não pode fazer, impedí-lo(a) de fazer as coisas que você pode!"
(John Wooden)

1 Comentário

Clique aqui para postar um comentário

Deixe uma resposta

  • O tema deste editorial, me remeteu ao meu tempo, o tempo em que os estudantes, realmente, tinham comprometimento com as questões políticas do Brasil, apesar da informação ser algo restrito ao grande escalão, na época, as forças armadas. Daí, me ponho a pensar: se temos, agora, acesso a tantas informações, o que nos impede (tenho 61 anos, mas voltei a ser estudante), de irmos para as ruas e lutarmos pelo crescimento deste país, pelo banimento dos inimigos do Brasil?

    Aonde foram parar os nossos estudantes? Será que, tristemente, terei que concordar com o Editor, quando diz: “… nas praças e botecos, discutindo a próxima festa, próxima pegação…”? E essa constatação, não se trata de uma crítica aos nossos jovens.

    Nesta semana, um jovem de 19 anos assassinou os pais, por não darem, a ele, dinheiro para comprar drogas; um outro jovem, numa festa em Ondina, foi espancado por outros seis jovens… Ao meu ver, nosso país passou, passa e passará por uma eterna “lavagem cerebral”, com uma substância tão poderosa e nociva quanto as drogas pesadas que a nossa juventude usa: alienação!!!

    Parabéns Ney Barbosa, grata por saber que mais pessoas estão focadas na triste realidade que assola o nosso país (total falta da Educação que, por motivos óbvios, não é prioridade dos nossos governantes) com o olhar tão objetivo.

    Espero poder ler mais editoriais, com esta qualidade, talvez, assim, muitos possam voltar a acreditar, que nem tudo está perdido, afinal!!!

Topics